Ministro diz que acordo de Alcântara traz desenvolvimento e resguarda soberania
Ministro diz que acordo de Alcântara traz desenvolvimento e resguarda soberania
Durante audiência pública no Senado, Marcos Pontes também garantiu que acordo não permite lançamento de mísseis ou artefato bélico
por ASCOM – publicado 22/05/2019 .
O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, afirmou que o Acordo de Salvaguardas Tecnológicas (AST), assinado recentemente entre Brasil e Estados Unidos, vai viabilizar comercialmente o Centro Espacial de Alcântara, no Maranhão, e deve gerar cerca de US$ 3,5 bilhões por ano ao país. O ministro detalhou o acordo durante audiência pública na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) do Senado, nesta quinta-feira (28). O AST firmado entre os dois países precisa ser aprovado pelo Congresso Nacional.
“Esse novo acordo significa a possibilidade de o Brasil utilizar o Centro de Alcântara, o que vai trazer mais riquezas, qualidade de vida e desenvolvimento econômico e social para a região”, disse Marcos Pontes. O ministro explicou que o Acordo de Salvaguardas Tecnológicas somente prevê que os Estados Unidos autorizam o Brasil a realizar lançamentos de foguetes e satélites de qualquer nacionalidade contendo componentes americanos. Em troca o Brasil garante que a tecnologia não será copiada. Aproximadamente 80% dos equipamentos espaciais do mundo possuem algum componente americano.
Segundo Marcos Pontes, essa parceria tornará viável o funcionamento da base de Alcântara, será fundamental para o desenvolvimento do programa espacial brasileiro e a inserção do país no mercado global. Atualmente, o setor aeroespacial movimenta cerca de US$ 350 bilhões por ano. A expectativa é que, com o acordo, o Brasil ocupe 1% do volume de negócios na área espacial, o que representa US$ 3,5 bilhões. “Nos últimos 20 anos nós perdemos bilhões de dólares. Em 2040 a expectativa é de que esse mercado movimente U$$ 1 trilhão em todo o mundo, cerca de US$ 10 bilhões somente para o Brasil,” explicou.
No evento, foi distribuída aos parlamentares uma publicação conjunta do MCTIC, Ministério da Defesa e Ministério das Relações Exteriores com a íntegra do acordo e uma série de perguntas e respostas sobre o AST. O arquivo pode ser acessado aqui.
https://issuu.com/mctic/docs/folder_ast
VEJA TAMBÉM
Trabalho realizado pelo TCU que aponta as principais limitações (ou diferenças) entre os Terminais Portuários Organizados (concessões públicas)...